Um grupo de ilhas na Costa africana, dito território da Guiné-Bissau mas considerado um país a parte, porque vive numa época a parte, preservados no esquecimento. Bijagós são ilhas, mas mais do que isso, são pedaços de terra cheios de encanto, que ainda celebram a existência da pura beleza selvagem.
Começamos pela única ilha com porto, a porta de entrada para o paraíso, que apenas disponibiliza entrada 1 vez por semana, às Sextas-feiras, pelo Expresso dos Bijagós, partindo de Bissau com destino à Ilha de Bubaque.
Bubaque é um misto da época colonial que permanece sentida por entre as paredes e ruínas de colonização portuguesa, as de ocupação alemã e o tempo em que o porto era mais mexido.
Mas o verdadeiro deslumbre está mais à norte da ilha, à 18 km de distância do porto de Bubaque. Ao percorrer a única estrada pavimentada que atravessa a ilha de uma ponta a outra por entre lances de palmeiras e aldeias, até o final, onde apresenta-se um eterno areal a perder de vista. Uma espécie de isolamento encantador de tirar o fôlego, chamada praia de Bruce.
Para uma boa mesa, à Casa Dora deve-se ir! Conhecido pela sua comida caseira de muito bom gosto, o Casa Dora é um hotel familiar muito agradável, tal como a Kasa Afrikana, que garante boas férias e boa pesca, para os amantes deste desporto. O peixe Sereia é o peixe de eleição na zona, considerado de 1ª categoria, tem uma carne vermelha como atum e é extremamente delicioso.
E como que um presente da Mãe Natureza, ao entardecer, é-se surpreendido por uma escuridão reconfortante e surreal iluminada apenas pela lua e o pláncton que brilha no mar.
Logo ao lado de Bubaque, na Ilha de Rubane é visível, de longe, o extenso areal branco que atribui à ilha características paradisíacas. Integrado na paisagem, deparamo-nos com bungalows do Hotel Ponta Anchaca, que como já se deve imaginar vangloriam-se de uma vista maravilhosa.
Seguimos para a Ilha de Caravela, muito particular por pequenas praias recortadas ao longo da ilha. Mas é mais a norte que se reconhece sinais de paraíso à vista.
A Baía da Escaramuça é um misto de crua beleza natural, enfatizada por águas límpidas que deixam transparecer as tartarugas em água. São cerca de 14 km de areia por estrear, água morna de tom esverdeado e mais a dentro, o grande areal é interrompido por uma densa e majestosa cortina verde.
Um verdadeiro sentimento de “Terra à vista”, que faz entender o verdadeiro significado da definição paraíso natural.
De entre 88 ilhas, cerca de 21 são inabitadas, por serem classificadas pelos locais como as casas dos espíritos e por isso, muito sagradas. Assim como as árvores Kapok, que estão sempre à entrada das aldeias Bijagós.
Tudo parece como que uma lenda de um lugar que outrora existiu… Existe, e é de fato um mundo à parte, de outros tempos, que coexiste fisicamente no século XXI, mas encontra-se numa dimensão paralela, totalmente diferente.
Fontes de inspiração:
Rotas & Destinos | Turismo guiné-bissau | The Guardian | New york | Brendan’s adventures | Kasa Africana | Ponta Anchaca
Foto principal por: Gabor Basch